sexta-feira, 21 de março de 2014

Frente Parlamentar trabalhará contra o racismo, a homofobia e outras formas de discriminação






O Salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa uniu cores, ritmos musicais, partidos, sindicatos e entidades para reforçar o combate contra o preconceito no Rio Grande do Sul. A Frente Parlamentar contra o Racismo, a Homofobia e outras formas de Discriminação foi lançada, na quarta-feira (19), ao som do violão do músico Luiz Porto Alex e dos tambores que embalaram a performance afro dos atores Nina Fola e Sirmar Antunes. “Foi muito emocionante a instalação desta Frente Parlamentar, que recebeu a assinatura de 38 deputados e será coordenada pelo companheiro, deputado Valdeci Oliveira. Vamos trabalhar em conjunto”, detalhou o presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH), deputado Jeferson Fernandes (PT).

Para o deputado, “é muito importante a mobilização de toda a sociedade, pois quem sofre a discriminação no dia a dia carrega em seu coração toda a dor e sofrimento, na maioria das vezes, em silêncio. Por isso, é necessário que ecoem os tambores contra o racismo, a homofobia e qualquer tipo de discriminação, fazendo valer não só o bom senso, mas, também, o rigor da lei”.

Durante a solenidade, a performance do casal Nina Fola e Sirmar Antunes, teve como plano de fundo a canção "A Carne", de Seu Jorge, que inicia com a frase "a carne mais barata do mercado é a carne negra", em referência a várias situações do cotidiano enfrentadas pela população afrodescendente, como o recente caso ocorrido no Rio de Janeiro, onde uma mulher negra, a auxiliar de serviços gerais Claudia da Silva Ferreira, foi colocada ferida no porta-malas de uma viatura da Polícia Militar e depois teve o corpo arrastado, ocasionando sua morte. O fato gerou uma reflexão e comoção nos presentes.

Por fim, Jeferson salientou que a Frente será mais uma oportunidade de expressão para negros, gays, lésbicas e indigenistas. “Essas pessoas, que prestam e prestam muito, tiveram suas vozes sufocadas ao longo da história”, recordou ao fazer referência às declarações polêmicas do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP), afirmando que assim como o parlamentar, muitos buscam na diferença étnica justificar a opressão a determinados públicos.

Com informações de Kiko Machado

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