quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS

Comissão firma convênio para

envio de SMS Social

Luiz Osellame - MTB 9500 - 11:55 - 26/02/2014 - Foto: Pedro Belo Garcia


Convênio firmado com operadora Vivo vai divulgar informações
sobre pessoas desaparecidas

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos aprovou na reunião desta quarta-feira (26) quatro requerimentos de audiências públicas. A Frente Parlamentar das Pessoas Desaparecidas e a operadora Vivo firmaram parceira para o envio do SMS Social.

Durante o encontro, o presidente do órgão técnico, deputado Jeferson Fernandes (PT), defendeu a aprovação de requerimento de sua autoria par tratar do tema A Polícia Cidadã e os Megaeventos no RS.

Pessoas Desaparecidas

O coordenador da Frente Parlamentar das Pessoas Desaparecidas, deputado Aldacir Oliboni (PT), comemorou a assinatura do convênio com a operadora Vivo para que usuários recebam o SMS Social. Ele destacou que 200 mil torpedos já foram disparados para usuários da operadora Vivo que residem na região Metropolitana de Porto Alegre e outros 200 serão enviados para moradores da região da Fronteira, com a seguinte mensagem : “Pessoas desaparecidas: não deixe este vazio. Vivo e Parlamento Gaúcho abraçam essa causa! Acesse www.frentepessoasdesaparecidas.com.br"

O endereço virtual é do site da Frente Parlamentar e reúne a legislação sobre o tema, cadastro de desaparecidos do Rio Grande do Sul, sites de instituições de segurança pública e de ONGs, informações sobre eventos e notícias. Participaram da assinatura do convênio a representante da operadora Vivo, a Secretaria de Segurança RS, do Departamento Estadual da Criança e Adolescente e da Delegacia de Homicídios.

Requerimentos aprovados

Os parlamentares também aprovaram na reunião de hoje os seguintes requerimentos de audiências públicas:

1. Assunto: Discutir o Projeto de Lei do Marco Civil da Internet no Brasil
Proponente: deputado Aldacir Oliboni (PT)
Local: Porto Alegre

2. Assunto: A Polícia Cidadã e os Megaeventos no RS
Proponente: deputado Jeferson Fernandes (PT)
Local: Porto Alegre - RS

3. Assunto: Debater a Demarcação e a Titulação das Terras Indígenas no RS e os Direitos Fundamentais dos Povos Indígenas.
Proponente: deputado Raul Carrion (PCdoB), mais um parlamentar
Local: Porto Alegre RS

4. Assunto: Debater a Demarcação e a Titulação das Terras Quilombolas no RS e Demais Direitos Fundamentais Destas Comunidades
Proponente: deputado Raul Carrion (PCdoB), mais um parlamentar
Local: Porto Alegre - RS

Presenças

Participaram da reunião ordinária de hoje os deputados Adolfo Brito (PP), Álvaro Boessio (PMDB), Giovani Feltes (PMDB), Miki Breier (PSB), Cassiá Carpes (SDD), Aldacir Oliboni (PT), Miriam Marroni (PT), Marisa Formolo (PT) e Raul Carrion (PCdoB).

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Ato público

Todos contra homofobia, racismo

e preconceito



Protesto no centro de Porto Alegre contra declarações preconceituosas e de incitação à violência por parte de parlamentares gaúchos
Cynara Baum

“Se é assim que rotulam as pessoas pertencentes a diferentes classes sociais, orientação sexual, cultura e crença, um grande aplauso a todos esses que eles dizem que não prestam, porque aqui só tem gente que presta!", afirmou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, deputado Jeferson Fernandes (PT), durante ato público na Esquina Democrática. A atividade realizada nesta quinta-feira (20) reuniu os movimentos negro, indígena, quilombola, LGBT e sindical. Os manifestantes repudiaram a violência, a discriminação, o racismo e o preconceito expressados nas declarações dos deputados Luiz Carlos Heinze (PP) e Alceu Moreira (PMDB).

As declarações foram realizadas durante uma atividade da Comissão de Agricultura da Câmara Federal, na cidade de Vicente Dutra, no norte do Rio Grande do Sul, no final de novembro de 2013. Na ocasião, Heinze afirmou que governo federal, por meio do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, estava a serviço dos grupos que foram alvos das ofensas. “Gilberto Carvalho também é ministro da presidenta Dilma. É ali que estão aninhados quilombolas, índios, gays, lésbicas, tudo que não presta. É eles que têm a direção e o comando do governo.” E Alceu Moreira convoca os produtores rurais a se defenderem. “Nós, os parlamentares, não vamos incitar a guerra, mas vos digo: se fardem de guerreiros e não deixe um vigarista desses dar um passo em sua propriedade. Nenhum”.

Para Jeferson, se as instituições democráticas não tomarem providências, deputados poderão propagar ideias fascistas, racistas e homofóbicas impunemente. “Há grupos neonazistas que estão loucos por ter algum tipo de representação institucional. Esses deputados confiam na proteção da imunidade parlamentar, mas essa imunidade existe para defender os direitos fundamentais e não para atacá-los. Eles devem responder por vários crimes previstos na lei anti-racismo e na Constituição”, declara o deputado. Na última segunda-feira (17), o parlamentar protocolou uma denúncia junto ao Ministério Público Federal (MPF), pedindo investigação do caso. As demais representações ofendidas por Heinze também ingressarão com denúncias no MPF.

A mobilização recebeu o apoio dos deputados estaduais Stela Farias, Miriam Marroni, Aldacir Oliboni, Raul Carrion e Álvaro Boessio, deputado federal Dionilso Marcon, secretária de Políticas Públicas Para as Mulheres do RS, Ariane Leitão, secretária-adjunta da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos do Estado, Tâmara Biolo, vereadores de Porto Alegre.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ato Público


CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS

Parlamentares, autoridades e movimentos sociais repudiam declarações de Heinze e Moreira

Luiz Osellame - MTB 9500 - 08:45 - 18/02/2014 - Foto: Marcelo Bertani


Debate reuniu deputados e ativistas dos direitos humanos

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, presidida pelo deputado Jeferson Fernandes (PT), realizou na noite de segunda-feira (17) debate público sobre a violação dos direitos humanos presentes em declarações dos deputados federais Luis Carlos Heinze (PP/RS) e Alceu Moreira (PMDB/RS).

Jeferson destacou a importância do encontro com a criação de um grupo de trabalho que reunirá as várias ações encaminhadas. "Tanto os quilombolas, indígenas e a comunidade LGBT, quanto nós, aqui do Parlamento, e alguns deputados federais fizemos representações junto ao Ministério Público federal e este trabalho será reforçado pelo grupo de trabalho que criamos para tratar desta questão", sublinhou.

O presidente da CCDH destacou que uma manifestação marcada para o dia 20 de fevereiro, às 12 horas, na Esquina Democrática, vai possibilitar que mais pessoas se agreguem ao movimento. Jeferson acredita que se o movimento de indignação pela fala dos parlamentares aumentar é possível  que a Câmara Federal puna os deputados, inclusive com a cassação.

O deputado federal Dionilso Marcon (PT/RS), membro da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Federal repudiou com veemência as declarações de Heinze e Moreira, sublinhando que neste país não existe "resto", pois a Constituição Federal garante a plena igualdade de direitos para todos, sem qualquer distinção. "Para mim estas manifestações não são estranhas, pois eles buscam o extermínio das minorias e angariar votos nas próximas eleições", alertou.

Raul Carrion (PCdoB), presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Quilombolas na ALRS, destacou que, desde 1988, a Constituição Federal reconheceu a necessidade da demarcação das terras indígenas e quilombolas. "A melhor solidariedade às comunidades vilipendiadas pelas declarações dos deputados Heinze e Moreira é lutar para que se acelere a demarcação das áreas indígenas e quilombolas no país", sustentou. 

O deputado Valdeci Oliveira (PT) sublinhou que a CCDH da ALRS não poderia ter outra postura diante das falas dos parlamentares federais. Para ele, o que está por trás destas falas é a representação de uma postura política conservadora e retrógrada já bastante conhecida de todos.

Stela Farias (PT) alertou para uma nova onda reacionária que se alastra pelo mundo e que acaba desembocando em manifestações homofóbicas e racistas. Ela sublinhou que aqui no Rio Grande do Sul existe uma cultura da naturalização da discriminação e, por isso, é necessário ampliar a luta em defesa dos direitos da pessoa humana. A parlamentar também defendeu a necessidade urgente de se promover uma reforma política.

Daniel Bordignon (PT) classificou as falas de Heinze e Moreira como um ataque ao Estado Democrático de Direito e defendeu ações judiciais concretas contra estes parlamentares. Ele destacou ainda que somente a unidade será capaz de consolidar os avanços democráticos no país.

O deputado Edegar Pretto (PT) destacou que de forma alguma se pode esquecer as palavras proferidas pelos dois representantes gaúchos na Câmara Federal contra os índios, quilombolas e contra a comunidade LGBT. "Os reacionários do Rio Grande e do Brasil continuam fazendo o que eles reafirmam com as palavras e fazem as contas de quantos votos receberão com estas manifestações racistas e homofóbicas", referiu.

Desrespeito à democracia

Para o deputado federal Henrique Fontana (PT/RS), as falas dos parlamentares não podem ser entendidas no contexto da simples luta entre partidos políticos, mas sobre o tipo de sociedade que se quer. "O discurso dos parlamentares incita à violência e ao desrespeito à democracia e, por isso, temos que tomar providências para que estes atos sejam analisados com profundidade e punidos com severidade", defendeu.  

A secretária de Políticas Públicas para as Mulheres do Rio Grande do Sul, Ariane Leitão, sublinhou que os pronunciamentos de Heinze e Moreira são um incitamento à barbárie social. Para Tâmara Biolo, secretária-adjunta da Direitos Humanos do RS, a fala dos parlamentares Heinze e Moreira possui caráter criminoso e aviltante e precisa ser punida com a aplicação da lei.

O secretário da ONG Nuances, Célio Golin, salientou que todos já conhecem o discurso e a atuação da direita brasileira. Ele alertou para a atuação reacionária da direita contra a população LGBT sob o pretexto de salvar a família tradicional.

Zaqueu Caingang, representante da Federação Indígena do Rio Grande do Sul, manifestou a sua indignação com as falas proferidas pelos deputados federais contra as minorias indígenas, quilombolas e LGBT e lembrou que a história é feita de lutas e que a Constituição Federal de 1988 consagrou direitos iguais para todos.

Antônio Leonel Rodrigues Soares, representante das comunidades quilombolas do Rio Grande do Sul, repudiou as manifestações e defendeu que todos os povos e minorias se unam para alcançar a efetivação de seus direitos, previstos na Constituição Federal.

Presenças

Também participaram da reunião desta segunda-feira, no Plenarinho da ALRS, o coordenador-geral da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, Rodrigo Puggina, a representantes da Defensoria Pública RS,  Alessandra Kines,  o Ministério Público RS, prefeitos, vereadores, a cacica Aquabê, além do IGP, Funai, CIMI, Ajuris, CODENE, UNEGRO RS, entre outras entidades.

Saiba Mais

Em vídeo que passou a circular nas redes sociais, o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), ao fazer críticas ao governo de Dilma Rousseff, afirmou que "quilombolas, índios, gays e lésbicas" são "tudo que não presta".

As declarações foram feitas em uma audiência pública da Comissão da Agricultura da Câmara dos Deputados na cidade de Vicente Dutra, no norte do Rio Grande do Sul, no final de novembro do ano passado. Na ocasião, Heinze afirmou que governo federal, por meio do ministro Gilberto Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, estava a serviço dos grupos que foram alvos das ofensas. "Gilberto Carvalho também é ministro da presidenta Dilma. É ali que estão aninhados quilombolas, índios, gays, lésbicas, tudo que não presta. É eles que têm a direção e o comando do governo."

Heinze é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária e seu partido, o PP, integra a base de sustentação do governo federal. O deputado federal Alceu Moreira (PMDB-RS) também discursou na mesma audiência pública.

A exemplo de Heinze, Moreira fez acusações a Gilberto Carvalho e também a Paulo Maldos, secretário de Articulação Social da Secretaria Geral da Presidência, além de criticar o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), entidade ligada à Igreja Católica que defende os direitos de povos indígenas. "O chefe dessa vigarice orquestrada está na antessala da Presidência da República. E o nome dele é Gilberto Carvalho, é ministro. Ele e seu Paulo Maldos estão por trás dessa baderna, dessa vigarice. Está o Cimi, que é uma organização cristã, que de cristã não tem nada, que está a serviço da inteligência americana e europeia para impedir a expansão das fronteiras agrícolas do Brasil", afirmou o deputado.

Em seguida, Alceu Moreira convoca os produtores rurais a se defenderem. "Nós, os parlamentares, não vamos incitar a guerra, mas vos digo: se fardem de guerreiros e não deixe um vigarista desse dar um passo em sua propriedade. Nenhum."

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Preconceito e incitação à violência

Jeferson encaminha representação criminal contra Heinze e Moreira

 Paulo de Tarso Riccordi - Marcelo Bertani | Agência ALRS

Debate Público da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa em conjunto com a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos da Câmara Federal

O deputado Jeferson Fernandes apresentou, nesta segunda-feira (17), à Procuradoria da República, representação criminal contra os deputados Luiz Carlos Heinze (PP) e Alceu Moreira (PMDB) "pela prática de homofobia, racismo, injúria preconceituosa e incitação à prática de atos criminosos".


O presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia anexou à denúncia os vídeos com as gravações das falas dos deputados Heinze e Moreira numa audiência pública em Vicente Dutra sobre a demarcação de terras indígenas, e também cópia da entrevista de Heinze ao jornal Zero Hora, onde ele reafirmou e ampliou a incitação a violência contra índios.


Jeferson anunciou a iniciativa durante debate público sobre as declarações dos deputados federais e o que elas representam no sentido de um retrocesso das conquistas na área de Direitos Humanos. O plenarinho da Assembleia Legislativa foi tomado, na noite desta segunda-feira (17), por representações de indígenas, quilombolas, negros, gays e lésbicas, classificados como "tudo o que não presta" no discurso de Heinze.



Participaram do debate os deputados estaduais petistas Stela Farias, Edegar Pretto, Aldacir Oliboni, Daniel Bordignon, além dos dos federais Henrique Fontana e Dionilso Marcon, co-promotor do evento, na condição de integrante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.


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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

APAC

Governo Tarso lança decreto para constituir Grupo de Trabalho
que irá estruturar instalação de casa prisional  no RS



O presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Legislativo, deputado estadual Jeferson Fernandes (PT) comemorou mais um importante passo para a instituição do Método de Execução Criminal da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) no RS. Nesta terça-feira (11/02), o Governo Tarso lançou o Decreto 51202, que institui um Grupo de Trabalho para propor a estruturação e a organização da casa prisional APAC no Estado, a ser instalada no município de Canoas, em terreno já doado pelo prefeito Jairo Jorge.“Aos poucos, estamos concretizando no nosso Estado um novo conceito de casa prisional, que tem a seu favor e da sociedade um índice de reincidência dos detentos de apenas 7% contra os 80% do regime tradicional”, acrescentou Jeferson.

Em dezembro do ano passado, Tarso já havia acenado positivamente a instalação da APAC em solo gaúcho a Jeferson e ao deputado Nelsinho Metalúrgico (PT), que apresentaram a proposta em audiência com o governo. “O compromisso que o governador firmou conosco sobre a APAC está sendo cumprido. Estaremos acompanhando de perto esse processo de estruturação do método para que, muito em breve, tenhamos o benefício desse investimento para a sociedade gaúcha, que é a real recuperação do preso e o não retorno do indivíduo ao crime”, finalizou.

O Grupo será formado pela Coordenação de Assessoramento Superior do Governador; Casa Civil, Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), Procuradoria Geral do Estado (PGE), Secretaria de Justiça e Segurança (SJS). Além disso, serão convidados a integrar o GT, o Judiciário, a Assembleia Legislativa do RS, o Ministério Público, a Defensoria Pública e a Ordem dos Advogados do Brasil, a Administração de Canoas e a própria APAC. O prazo para conclusão dos trabalhos do GT APAC é de 120 dias, prorrogáveis.

APAC - O trabalho da APAC dispõe de um método de valorização humana, vinculada à evangelização, para oferecer ao condenado condições de recuperar-se. Busca também, em uma perspectiva mais ampla, a proteção da sociedade, a promoção da justiça e o socorro às vítimas. A principal diferença entre o método e o sistema prisional convencional é que, na APAC, os presos (chamados de recuperandos) são co-responsáveis pela recuperação deles, além de receberem assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica prestadas pela comunidade. A segurança e a disciplina são feitas com a colaboração dos recuperandos, tendo como suporte funcionários, voluntários e diretores das unidades, sem a presença de policiais e agentes penitenciários.

Além de frequentarem cursos supletivos e profissionalizantes, eles possuem atividades variadas, evitando a ociosidade. A metodologia fundamenta-se no estabelecimento de uma disciplina rígida, caracterizada por respeito, ordem, trabalho e o envolvimento da família. Um outro destaque, refere-se à municipalização da execução penal, ou seja, o condenado cumpre sua pena em uma unidade de pequeno porte, com capacidade para, em média, 120 recuperandos, dando preferência para que o preso permaneça na sua terra natal e/ou onde reside sua família.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

DEBATE - VIOLAÇÃO DOS DREITOS HUMANOS


RACISTAS, PRECONCEITUOSAS E HOMOFÓBICAS

Jeferson pede providências ao MPF sobre declarações de Heinze e Moreira

Denise Ritter- MTE 5584 - 16:32 - 12- Marcelo Bertani | Agência ALRS


Racistas, preconceituosas e homofóbicas. Assim o presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputado Jeferson Fernandes (PT), definiu declarações de dois deputados federais gaúchos – Luiz Carlos Heinze (PP) e Alceu Moreira (PMDB) – feitas em audiência pública no interior do estado , que podem ser conferidas em vídeo que circula em redes sociais, como o youtube. Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa na sessão desta quarta-feira (12), o parlamentar afirmou que encaminhará todas as informações e materiais disponíveis sobre o caso para a análise do Ministério Público Federal.

A reunião da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados sobre a demarcação das terras indígenas, em que os deputados foram filmados, ocorreu em 29 de novembro, em Vicente Dutra, município localizado na região norte do Rio Grande do Sul. Segundo o deputado Jeferson narrou na tribuna da Assembleia Legislativa, Heinz classificou quilombolas, indígenas, homossexuais e lésbicas como “ tudo o que não presta”. Já o deputado Alceu Moreira aconselhou os agricultores a seguir o exemplo ocorrido no Pará em que produtores agrícolas contrataram jagunços para fazer a proteção de suas terras. “É inadmissível que utilizem de preconceito, racismo e homofobia para colocar mais lenha na fogueira, em vez de se esforçar pela diminuição da violência, em uma região que já está conflagrada pela disputa de terras “, condenou o parlamentar.

O presidente da CCDH pretende encaminhar ao Ministério Público Federal toda a documentação sobre o episódio para que sejam tomadas providências. “As imagens estão publicizadas. Queremos que as lideranças do PP e do PMDB se manifestem sobre isto. Estão querendo ressuscitar uma oligarquia rural, sem obediência ao estado democrático de direito e com posturas de senhores feudais e não de cidadãos que estão a conquistar uma democracia plena e duradoura”, criticou.

Assista ao vídeo aqui:  http://www.youtube.com/watch?v=PjcUOQbuvXU&feature=share

DIREITO NO CÁRCERE

Comissão ouve criadora do projeto Direito no Cárcere

Marinella Peruzzo - MTE 8764 - 10:27 - 12/02/2014 - Foto: Gabriele Didone/Divisão de Fotografia


Carmela descreveu atividades de ressocialização dos presos

Na reunião ordinária da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos desta quarta-feira (12), os parlamentares ouviram o relato da advogada e jornalista Carmela Grüne, criadora do Projeto Direito no Cárcere e do jornal Estado de Direito. Ela desenvolve um trabalho voluntário no Presídio Central de Porto Alegre voltado à ressocialização dos presos, por meio de atividades como a música, a poesia e o cinema.

A ativista falou da necessidade de se reforçar a gestão compartida com o Estado para a redução da invisibilidade das pessoas que estão presas e descreveu ações realizadas a partir da Internet, como a recente obtenção de material de construção para reforma no presídio, entre outras.

Os parlamentares presentes parabenizaram a ativista pelo trabalho desenvolvido e reforçaram o apoio da comissão e do Parlamento ao projeto. Estiveram na reunião os deputados Jeferson Fernandes (PT), presidente da comissão, Daniel Bordignon (PT), Miki Breier (PSB), Cassiá Carpes (SDD), Aldacir Oliboni (PT) e Giovani Feltes (PMDB).

Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas no site direitonocarcere.blogspot.com.br/ e www.facebook.com/DireitonoCarcere.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS

Comissão aprova dois projetos e pedido de audiência pública

Marinella Peruzzo - MTE 8764 - 10:02 - 05/02/2014 - Foto: Gabriele Didone/Divisão de Fotografia


CCDJ retomou suas atividades nessa manhã


Em reunião ordinária na manhã desta quarta-feira (5), a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, presidida pelo deputado Jeferson Fernandes (PT), aprovou dois pareceres a projetos de lei e um requerimento de audiência pública.

A audiência pública foi proposta pelo deputado Valdeci Oliveira (PT) e pela Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas com Deficiência da Câmara Municipal de Santa Maria para debater os direitos das pessoas com deficiência. O debate será na Câmara de Santa Maria, tendo como convidados entidades ligadas ao tema.

Os pareceres aprovados referem-se aos projetos de lei 36/2011 e 444/2011. O primeiro, proposto pelo Executivo, com parecer do deputado Valdeci Oliveira (PT), institui o Programa Casas da Solidariedade. O segundo, de iniciativa do deputado Nelsinho Metalúrgico (PT), com parecer do deputado Adolfo Brito (PP), institui a Política Estadual de Pontos Populares de Trabalho no Estado.

Participaram da reunião os deputados Edegar Pretto (PT), Aldacir Oliboni (PT), Adilson Troca (PSDB), Jeferson Fernandes (PT), Valdeci Oliveira (PT), Miki Breier (PSB) e Adolfo Brito (PP).